Perry Rhodan - A Nave Explorer em Perigo
Clark Darlton
Esta é outra aventura que gosto muito. Espero que apreciem. Ah, alguns spoilers foram inevitáveis. Neste livro, um dos meus personagens favoritos, o Gucky, faz uma pontinha mais que especial. O mutante, um rato-castor inteligente e dos mais divertidos do Império, (divertido para mim, ao menos, pois ter um telepata ao seu redor, lendo os pensamentos de todos não deve ser lá muito confortável para os demais personagens), aparece quase no final, mas como sempre, de forma muito eficaz. Localizar e compreender qualquer impulso cerebral é apenas um dos dons, junto a capacidade de teletransportar-se, do companheiro de Perry Rhodan.
Entre as mais de dez mil Explorers que pertencem ao império, vamos conhecer a de numero 3218, menor que as demais, tem em sua tripulação 400 especialistas nas mais diversas áreas do conhecimento.
O objetivo? Desvendar o cosmo, os exploradores do espaço são os descobridores, ou como prefiro dizer, achadores de novos mundos e etnias, a equipe de especialistas faz o diferencial desse grupo. No caminho destas astronaves, o sucesso ou a morte pode estar a poucos anos-luz.
A missão da 3218 era percorrer a Galáxia, contornando-a por fora, no sentido de sua rotação. Nessa trajetória de desvendar o espaço na velocidade da luz, encontraram o que parecia ser muito promissor aos terranos. Ex-zannma, um sol amarelo, muito semelhante ao “nosso”. Neste sistema, pousam no planeta Zannnaton, a doze mil, duzentos e doze anos-luz da Terra. A exploração será surpreendente. E cruel.
Paisagem exuberante, vida aquática, cavernas misteriosas e “salgueiros semi-inteligentes” são algumas das maravilhas encontradas. Esse “salgueiro”, quando tem cortado um pequeno galho, luta e ataca os seus oponentes, isso me lembra certa escola de bruxos, onde existe um outro salgueiro lutador. Como sempre, nas histórias de Perry Rhodan, essas pequenas cenas é que me deixam com água na boca, fico imaginando mil aventuras a mais com os personagens e criaturas que surgem e passam rapidamente pela narrativa. O comandante passa algum tempo rememorando aventuras e perigos já enfrentados, e por meio de suas lembranças, passamos por planetas habitados por Pedras Vivas e Sáurios, por exemplo. É quase um aviso do que está por vir.
Ah, uma coisa legal nessa aventura é ser tensa, empolgante. No planeta praticamente perfeito para colonização, algumas criaturas inusitadas os aguardam. (Pelo que eu entendi, é a primeira vez que aparecem os Vermes do Pavor na saga, mas não sei é exatamente assim). Pois surgem minúsculas coisinhas azuladas que são imediatamente apelidadas de gafanhotos do inferno. Sugestivo não é? O que fazem? Desintegram e destroem absolutamente tudo que encontram, e são praticamente indestrutíveis.
Ah, detalhe, preciso falar dos gafanhotos do inferno. Eles foram encontrados em uma das cavernas do planeta. Em um amplo salão escavado na rocha, uma carcaça indestrutível surpreende os exploradores, mas em um outro salão, encontram o que parece ser um inofensivo feijão. Cor? Roxo-azulado, levemente brilhante. Após muitas experiências, comprovam que são indestrutíveis, assim como a gigantesca carcaça. Um fato aparentemente inexplicável desperta as coisinhas azuis e, além de atacarem de forma altamente corrosiva, serem indestrutíveis, possuem a capacidade de duplicar-se continuamente. Ou seja, imaginem até onde podem chegar?
Dessa forma, sobreviver torna-se a palavra principal para os tripulantes, e um preço muito alto vai ser cobrado nesta aventura. De fato, a Nave Explorer corre muito perigo.
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Na resenha anterior, comentei sobre a ausência de um papel feminino de maior destaque. Desta vez, temos uma cientista mais interessante, apesar de ainda soltar gritinhos diante do perigo e ser “protegida” nos momentos mais difíceis...
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