26 de out. de 2010

Hans Christian Andersen - A essência da fantasia

O soldadinho e a bailarina

E o que era amor ardeu tanto
Nas chamas absurdas
Olhos (en)canto
destino tornou um



Contos de amores e sombras
Melancolia de um blues
Nas cinzas restou ao mundo

Do valente:
pequenino coração de chumbo
Uma pedrinha azul:
a marca da presença dela

Ternos ardiam como brasa
Eternamente juntos
Um valoroso soldadinho
E a delicada bailarina rosa



Esta é uma pequena homenagem a um escritor inesquecível. No ano de 1805, marcava-se no calendário o dia 2 de Abril, nascia há 205 anos, em Copenhague, Hans Christian Andersen. Poeta e escritor, teve nos contos de fadas populares sua maior inspiração e contribuição para a literatura universal. Suas narrativas inovaram e marcaram pela emoção. Com um toque de sombras, a luz e a magia dos contos de fadas permaneceu.

Seus livros já foram traduzidos para 16 línguas e vendidos 1,2 milhão de exemplares em todo o mundo. Os contos de Andersen não são contos comuns, ainda que não apresentam o esperado “felizes para sempre”,  ensinam tanto ao leitor, marcam a sensibilidade e falam de sentimentos tão nossos, como a perda, o não, a ironia de um mundo no qual a fantasia nem sempre tem lugar. 

Este universo da fantasia nas historias de Andersen nem sempre apresenta com clareza o fantástico, a magia deve ser resgatada na criança em cada um. Uma sereia disposta a doar sua essência em nome do amor, um patinho feio e perdido num mundo hostil. A pequena vendedora de fósforo que treme no frio intenso e ainda assim, ousa um sonho para protegê-la da cruel realidade. Um soldadinho de chumbo e sua bailarina ardendo em chamas.

Pequenas e imensas tragédias de beleza e literatura que marcaram meu olhar ao mundo, a busca por maturidade, o peso de algumas escolhas. Que bom! É preciso ler Andersen e resgatar a terna melancolia dos contos de fadas.

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