
Victor Meloni apresenta-nos este estilo, no qual o conhecimento da norma culta, mesclado ao vocabulário raro, não impede que o estranhamento impere e o suspense seja criado. Ao contrário, seus contos são repletos de simbologias e, por vezes enigmáticos, porém, quando nos perdemos nas suas escritas, as sugestões fantásticas envolvem o leitor de uma forma que vemos a principal função da literatura em ação: perante suas narrativas não se consegue permanecer impassível, nos inquietam, assombram, questionam... O autor defende que é preciso deixar a imaginação do leitor trabalhar, e isso de fato acontece.
Há certo frenesi na composição literária dos contos dessa Antologia do Absurdo, a ponto de seus contos aproximam-se do poético.
O sentido transita completamente à vontade entre certa dose de realismo e surrealismo. Ao leitor, o plano das sensações é o que delimita o sentido a ser construído, terror nem sempre explícito, entretanto, é perceptível aos olhos espantados com esse universo literário.
Mergulhe no fantástico universo do absurdo.
Contos: A velha; Akira; Amor, verbo intransitivo; Ao par; Celeuma; Claire; Émile; Complexidade irredutível; Aminoácido; Mainstream; Cruel; Eclipse; Hipertrofia; Hormônio; Imanente; Insofismável; Lobo; Lux Ferre; Maria; Memeplexo; Monstro; Noite; O dente do tubarão; O improvável You-Koddlak; O caso; Pus; Sede; Eles; Tautologia; Uma evidencia Skinneriana; Uma refeição frugal; UNSUNG; Vendeta; Ventura e Vicissitude.
Um comentário:
T, muitíssimo obrigado pelas palavras! Quando alguem que escreve como você faz tais considerações sobre uma obra, o autor, no mínimo, sente-se incentivado a continuar. Obrigado, mais uma vez!
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