19 de out. de 2011

Isidora encontra o Herói acorrentado – Victor Vargas



Conheci Isidora ao acaso, no blogue Além das Estrelas. Mesmo sem ter ido ao Fantasticon 2011, onde alguns dos minilivros produzidos de forma independente foram distribuídos, tive o prazer de receber o livreto diretamente de Victor Vargas. Como já havia comentado antes, foi uma agradável surpresa.

Isidora encontra o herói acorrentado é a primeira parte de um romance infanto-juvenil que qualquer leitor fã de fantasia, independente da idade, há de gostar muito. Esse trabalho é o resultado de uma parceria entre Victor Vargas, o autor, com Vagner Vargas, responsável pela ilustração do material.  

E por que essas 44 páginas são tão fascinantes? Mesmo sendo uma amostra de um contexto maior, por si só conseguem cativar o leitor. Para salvar o avô em perigo, Isidora parte em sua jornada.
Nos primeiros passos da menininha, ops, jovem dama, encontramos criaturas incríveis. Tornepé, um pássaro colorido; um criado alado que espero, sinceramente, encontrar nas próximas leituras, (e que está numa ilustração super legal nas páginas internas); a família inusitada de Isidora; os desavisados que cruzam seu caminho e finalmente, um Herói, Bento Teodorico Caravaggio. E claro, Isidora, que avisa: “É melhor estar preparado. Minha história não é para os fracos de coração.”

Imagine um universo fantástico. De preferência, uma mansão situada à beira de um penhasco. Imaginou? Este, como a maioria dos mundos fantásticos, é belíssimo, com seus lagos suspensos, bosques dourados pulsantes de vida tanta animal quanto monstruosa. E ao mesmo tempo, ameaçador. Repleto de criaturas, mágicas ou não-mágicas e, principalmente, encantadoras.

Agora, imagine Isidora. Ela mora nessa mansão, e sua principal diversão é aterrorizar (!) monstros. Sua família incomum a trata com carinho e cuidado, pois ela não é uma criança com quem se deva brincar. 

“– Sabe – disse uma voz vinda das trevas. –­ Existe algo muito poderoso nesta biblioteca.
Isidora olhou ao redor, antes de responder:
­­– Claro, eu.   
A voz hesitou.
– Não, Isidora, estou falando dos livros.”

Não, não é fácil descrever ou imaginar Isidora. Ela te arranca sorrisos, mas principalmente, ela te assusta. De certa forma, te desmonta.  Mas quem é Isidora? O que posso dizer é que ela dá novo sentido a um nome, a partir da primeira leitura, a palavra Isidora terá novos tons semânticos, sempre.

Além de ser uma história cheia de humor, muitas vezes irônica (adoro o julgamento), as relações intertextuais são inesperadas, bem contextualizadas e muito divertidas. Sacis, curupiras, coelhos com relógios atrasados e uma conhecidíssima escola para bruxos são apenas alguns destes elementos.  Nas entrelinhas, possíveis encontros com personagens históricos nas próximas aventuras.

A diagramação e o formato são simples, mas cuidadosos. A capa do livreto é linda,  adorei porque consegue captar essa dualidade da personagem de forma muito bacana, assim como as ilustrações internas, um trabalho muito bem feito.

Não sei se o mundo está preparado para Isidora. Mas eu estou, não vejo a hora de ler mais de suas aventuras.

Sinopse - Isidora mora em uma mansão situada à beira de um penhasco, onde se diverte aterrorizando monstros. Sua família incomum a trata com carinho e cuidado, pois Isidora não é uma criança com quem se deva brincar. Até que um dia seu avô, um herói já idoso que conquistou fama e glória na juventude, parte para uma última aventura recheada de perigos e encoberta de mistérios. Chega a hora de Isidora deixar para trás sua infância e correr em auxílio do avô. Ela parte para salvá-lo, e agora o resto do mundo está em perigo.

Para saber mais, visite o site Aqui.

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