Chegou por aqui um livro que
estava bem curiosa para ler, o Met... [ ahn, um instante para conferir e
escrever corretamente ], pronto, o Metanfetaedro.
E por que estava curiosa? Eu
gosto dos contos da Alliah, eles são super diferentes e ao mesmo tempo,
carregam o que há de legal na literatura fantástica: não são comuns, banais ou
realistas; mas dentro do estranhamento imenso que personificam, trazem pontos
que poderiam ser reconhecidos em um passante qualquer desse universo conturbado
que perambulamos .
Ah, confesso, não conheço a
literatura new weird, (um texto muito bom no Mundo Fantasmo)
portanto, é na base do experimentar para ver o que há mesmo. Então, desde que
vi a divulgação, quis ler.
Cheguei a conclusão que o que há
é diversão.
E que não dá pra se divertir e
sair como se chegou.
E os personagens não são
passageiros, ou seja, você pode "esquecer" deles, mas não totalmente,
sempre deixam resquícios no leitor. É como a sereia do que o leitor encontra no
primeiro conto do livro ... sintetiza o mundo ao seu redor, real ou imaginado,
mas reinventando-o em sua própria pele. O que quero dizer sobre os personagens
como Iara, Mogul e Marmelo é que eles ficam, mesmo que você não os conheça tão
bem, a autora consegue transmitir ao leitor o que possuem de melhor, ou pior,
em essência.
E dá uma certa exasperação, do
tipo, como assim acabou? Mas eu queria saber mais dessa
persona/máquina/coisa/cidade/esquisitice/sinfonia.
Então, você pode encontrar
poesia, tristeza, melancolia, raiva, risos e muito, muito espanto. E eu gostei
disso.
**
* As ilustrações são lindas.
* Na dedicatória, a autora
sugeriu um " aprecie sem moderação", mas no meu caso já sei que será
preciso ler Metanfetaedro em doses homeopáticas. Para aproveitar todas elas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário