22 de fev. de 2013

Metanfetaedro


Chegou por aqui um livro que estava bem curiosa para ler, o Met... [ ahn, um instante para conferir e escrever corretamente ], pronto, o Metanfetaedro.

E por que estava curiosa? Eu gosto dos contos da Alliah, eles são super diferentes e ao mesmo tempo, carregam o que há de legal na literatura fantástica: não são comuns, banais ou realistas; mas dentro do estranhamento imenso que personificam, trazem pontos que poderiam ser reconhecidos em um passante qualquer desse universo conturbado que perambulamos .

Ah, confesso, não conheço a literatura new weird, (um texto muito bom no Mundo Fantasmo) portanto, é na base do experimentar para ver o que há mesmo. Então, desde que vi a divulgação, quis ler.

Cheguei a conclusão que o que há é diversão.

E que não dá pra se divertir e sair como se chegou.

E os personagens não são passageiros, ou seja, você pode "esquecer" deles, mas não totalmente, sempre deixam resquícios no leitor. É como a sereia do que o leitor encontra no primeiro conto do livro ... sintetiza o mundo ao seu redor, real ou imaginado, mas reinventando-o em sua própria pele. O que quero dizer sobre os personagens como Iara, Mogul e Marmelo é que eles ficam, mesmo que você não os conheça tão bem, a autora consegue transmitir ao leitor o que possuem de melhor, ou pior, em essência.

E dá uma certa exasperação, do tipo, como assim acabou? Mas eu queria saber mais dessa persona/máquina/coisa/cidade/esquisitice/sinfonia.

Então, você pode encontrar poesia, tristeza, melancolia, raiva, risos e muito, muito espanto. E eu gostei disso.

**

* As ilustrações são lindas.

* Na dedicatória, a autora sugeriu um " aprecie sem moderação", mas no meu caso já sei que será preciso ler Metanfetaedro em doses homeopáticas. Para aproveitar todas elas.

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